Escócia pra todo o sempre (parte 1)


A Escócia não nega em nada todos os filmes feitos a ela que falam de magia e beleza. Ela é linda. Cada paisagem parece ter sido minunciosamente desenhada. 

Edimburgo é uma cidade muito bem dividida e planejada. Não há grandes prédios, o que evita o amontoamento de pessoas. Já a cidade antiga fervilha. Turistas vem e vão a toda hora. As ruas ainda parecem carregar o estilo medieval com seus artistas de rua e comércio por toda a parte. 
Como a cidade é logicamente tombada, nenhuma fachada pode ser modificada, por isso mesmo os turistas têm que se adaptar a certas características. Eu, por exemplo, aluguei um dos tantos apartamentos disponibilizado pelos moradores da cidade velha, para ficar 4 dias. O meu ap ficava no segundo andar de um prédio pequeno construído no século XVIII. Era de excelente localização, pois ficava bem pertinho do Castelo de Edimburgo, bem ali, na rua principal, a Royal Mile. Mas quem disse que tinha elevador? Eram dois andares para subir com malas. E olhe que ainda tinha hóspedes no 4º andar. Por isso mesmo, sugiro que perguntem se o hotel possui esse importante meio de transporte para não se depararem com surpresas, pois quando fiz um esboço de reclamar, o gerente botou uma cara de que era "tão normal" subir de escadas... 
Há um Ibis numa rua paralela, mas vai ser briga de faca para conseguir um quartos, se deixar pra reservar em cima da hora. 

Vista aérea de Edimburgo

Bem, conforme relatos anteriores (ver aqui), eu estava chegando de Belfast. A vinda para a Escócia foi de ferry boat, aliás, esses ferrys parecem uns transatlânticos, bonitos, gigantescos e luxuosos. Eu comprei o ticket mais o transfer do porto de Cairnryan (Escócia) até a estação do trem em Girvan para embarcar rumo a Edimburgo. Esse transfer dá uns 45 km de distância. Os valores ficaram assim: Ticket 26 Libras, transfer 3 Libras e tem uma tal de taxa para cartão de crédito de 5 Libras. Seria 34 Libras até então.




Os tickets foram comprados através do site da empresa http://www.stenaline.co.uk/ferries-to-britain . Contudo, deu vontade de experimentar a sala vip. Pôxa... por que não? Quando é que eu teria esta oportunidade de novo? Então comprei um seat plus (primeira classe). Isso custou mais 12 Libras. Além de jornais, tv, poltronas hiper confortáveis, dá direito ainda ao acesso a uma ilha de computadores e buffet de lanche grátis. É uma maravilha!!!

Pensei ainda comigo: "Como os produtos são livres de tarifas, vou comprar algo vantajoso dentro do navio." Nem vá! É caro, meu amigo, minha amiga. Além do mais, não há nada de especial nas lojas, só o trivial. Agora, se quiser tentar a sorte para ver se fica ricão a ponto de deixar de pensar nisso, há um cassino esperando sua visita lá dentro.

Sala vip para quem compra o Seat Plus

Já desembarcado e agora dentro do trem rumo a Edimburgo (30 Euros o ticket individual), vê-se uma paisagem muito bucólica, passando por estuários de rios, muito verde, pequenas vilas  e fazendas. Você começa a perceber que tá chegando a Edimburgo quando começa a ver sinais de indústrias. 


A estação de desembarque do trem fica perto da cidade antiga. É enorme. Muita gente, muitas saídas e na hora de pico você fica doidinho querendo uma direção. A saída pela praça dá acesso aos táxis. A saída pela ponte é para quem vai arriscar a arrastar as malas até algum hotel na old city. 

Waverley Station em seu interior, saída da Princess Street e saída pela ponte
Depois de cruzar uma das tantas ruas estreitas, começa o show de escadarias. E é nesse momento, que você tem a exata noção do que foi viver no idos de 1700, excetuando a desordem que deveria existir naquele tempo, claro. Prédios sem coloridos, corredores fechados e marquises sombrias, escadas que não acabam mais e inúmeros bares e pequenos restaurantes. De repente,  a maior rua de Edimburgo, a Royal Mile ou, como é mais conhecida, High Street. 

Primeira vista na Royal Mile
E aí? O que fazer depois de deixar as malas? Bem, de repente pode estar tarde. Então aproveite para fazer o primeiro reconhecimento. Certamente ainda haverá pequenos comércios abertos. Veja possíveis restaurantes, pense que a High Street é local de concentração de turistas, logo, é um pouco mais caro que ao redor, se bem que a diferença não é gritante. 

Royal Mile, que vai do Castelo de Edimburgo a Abadia de Holyrood. Possui 1 milha escocesa ou quase 2 km

ONDE COMER:

Na esquina da North Bridge com a Royal Mile há o Bella Itália, os preços não são exorbitantes (se bem que não vi uma refeição barata na Europa), mas prepare-se para uma boa filinha de espera.

Café da manhã continental
Praticamente na calçada oposta da Bella Italia, ainda na Royal Mile, você verá uma Starbucks. Coladinho com ela verás a Garfunkels. Foi ali que realizei a maioria dos cafés da manhãs. Lembro que era perto de 8 Libras (com direito a refil ilimitado de bebidas), mas me sustentava durante boa parte do dia, o que me fazia economizar para o almoço e jantar. Como estava num apart com cozinha, podia comprar ingredientes para fazer as minhas próprias refeições quando chegava das "circulações".

Ainda subindo como se viesse da North Bridge, há opções mais baratas para jantar. Cantinas italianas oferecem excelente massas. Há até os que permitem exercer aquela velha mania de brasileiro de dividir prato ("Quem nunca?").

Para mais opções de café da manhã mais barato, há os dos becos que circundam a Royal Mile (não fui com a cara), e há outros do outro lado da ponte. Então desça e cruze essa ponte, quebre a esquerda e entre a direita. Você estará da West Register street. Aí você encontra alguns, incluindo o Snax Café que oferece o mesmo café por volta de 5 Libras.

Para comprar mantimentos para preparar as próprias refeições, basta continuar em frente pela West Register, ao final pega a direita, entra na St Andrew Square, ainda em frente verá a Rose Street. Ali mesmo encontrarás o Sainsbury Market. Pense numa economia. 

Passeios:

A High Street é o ponto principal. Pra não desperdiçar a noite, compre um passeio a pé. Numa das calçadas fica o quiosque que vende estes passeios, um deles ambienta um Edimburgo assombrado. É bem divertido.

Para o Castelo de Edimburgo reserve um bom tempo. Ele é enorme, cheio de salas, museus e ambientações. Dica: procure chegar um pouco antes das 13 horas, afim de ver a salva de canhão que ocorre pontualmente nesse horário todos os dias. 

Entrada. Quanto mais tarde, mais gente.
Não vou contar sobre detalhes deste Castelo que foi construído no século IX (embora tenha sido muito remodelado), para que você tenha o gostinho de conhecê-lo com ar de novidade. Se tiver paciência e uma graninha extra, alugue o guia eletrônico e/ou compre uma revista especial dele. Fica mais fácil de selecionar o que lhe interessa, mas não deixe de conhecer a Sala da Coroa que conta a história do manufaturamento da coroa, espada e cetro real.

Lógico, a lojinha de souvenirs

Vista da muralha

Salva de canhão as 13h


Vista da muralha sul

Ala cemitério dos cães soldados (os bichinhos tem respeito aqui)

Vou falar mais dos passeios na próxima postagem, para não ficar tão cheio aqui. 

Até lá!

César William

2 comentários: Deixe seu comentário

  1. Obrigado pela dica do blog, pessoal. Tô aqui no final do meu expediente (no CAT do Shopping Recife) dando uma olhada. Passei 48 horas em Edimburgo em 2008, quando fiz meu intercâmbio em Dublim, e é tudo assim do jeito de vocês descreveram.

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    1. Obrigado a você por ter passado por aqui e deixado sua experiência. Valeu! ;)

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Obrigado pelo comentário, abraço!