Frankfurt, Irlandas e Escócia do melhor jeito - Parte I


Visitar a Irlanda já era um sonho dos tempos de moleque. Então, de repente, bateu a doida e resolvi realizá-lo. Aproveitei umas economias e uma dose mínima de irresponsabilidade financeira, aliada a um projeto turístico que tinha em mente, e resolvi seguir a empreitada.

Após dias de pesquisa debruçado sobre sites de viagens daqui e do mundo, consegui estabelecer um roteiro que me permitisse conhecer muito e gastar pouco. Planejei tudo: rotas, hotéis, locomoções de trem, ferry boats e ônibus, fiz uma conta para gastos de alimentação e para a produção de um documentário (meu projeto). Bem, para não misturar as coisas, essa parte eu deixarei de lado.

Como não há vôos direto para a Irlanda, partindo do Brasil, a via mais econômica que encontrei foi pela Lufthansa com conexão em Frankfurt. Aliás, a companhia aérea partindo de Recife é de uma de suas empresas, a Condor Airlines, uma companhia tipo 1.0 que oferece o basicão e o resto paga-se por fora, mas serviu perfeitamente ao propósito. Sei que há outras excelentes companhias que seguem para suas bases na Europa e depois para a Irlanda, como é o caso da Airportugal e da KLM, mas a dobradinha (Condor - Recife/Frankfurt e Lufthansa - Frankfurt/Dublin) estava mais barata realmente. Lembro que o período foi compreendido entre Setembro e Outubro de 2013 (Consultei hoje para o mesmo período de 2014 e daria R$ 4.500,00 ida e volta). 

A Condor não é lá muito confortável. Achei-a, inclusive, mais apertada que algumas empresas nossas locais. Tem o básico: TV, música (fones pagos) e travesseiro com lençol. Bebidas não alcólicas sempre passam, refeições padrões também. Se quiser mais, abra os bolsos. São dez horas de viagem. Aproveite tempos para ficar em pé e esticar as pernas.

Depois de rabiscos pra lá e pra cá, o roteiro ficou desenhado da seguinte forma para Frankfurt, Irlanda, Irlanda do Norte e Escócia:

18/09 - Frankfurt
19 a 23 - Dublin
23 a 25 - Belfast
25 a 01/10 - Edimburgo
01/10 - Dublin 
02/10 - Recife

Vou relatando etapa por etapa para não complicar o meio de campo.

1º Dia – 17/09 - Partida de Recife (Condor Airlines)
2º Dia – 18/09 - Chegada em FRANKFURT

FRANKFURT: O que visitar em 8 horas:

Dica: Se há algo que me arrependo por não ter me atinado, foi o tempo de permanência em Frankfurt. Poderia ter tentado um stop over, mesmo que pago. Que cidade Belíssima e que merecia uma profunda imersão, mas bobeei e fiquei só 8 horas nela, algumas gastas em trabalho pra minha tristeza. Entretanto, outras oportunidade virão!

Primeiro, como chegar lá.

Bronca é decifrar os "harger, funkens, aischer" que estão nas longas palavras do dicionário alemão. Mas o esquema é o seguinte:

Passe pela alfândega, nesse caso quendo falei que só seri um dia aqui, o patriotismo alemão falou mais alto e o fiscal disse não entender o que fazer na Irlanda. Mas foi bronca zero. Passei legal e me dirigi a estação, ali mesmo, no aeroporto.

Na estação, compre o seu bilhete direto no dispensador eletrônico. Single, ida e volta, escolha. A vantagem é comprar conjugado pra sair mais barato. Vá para a estação 01 e pegue o trem, S-BANH, como direção Hauphtbahnhof, vai dar no centro da cidade. Não haverá roletas, catracas nem nada. Europeus acreditam na boa fé de todos, contudo, vez por outra fiscais pedem os bilhetes e a multa não é legal.

Na saída da estação, há uma bonita e chamativa banca de vendas das famosas salsichas alemãs. Tem de todas as variedades, desde as não picantes, até as que fazem você chorar pedindo piedade. Coma! É mais barato. Caminhe pelo centro até a praça Romerberg. 
Praça Romerberg
A praça é fenomenal. Parece um cenário dos filmes medievais, contudo é tudo réplica perfeita. A praça já foi destruída em pelo menos duas guerras. A 2ª Guerra Mundial pôs tudo abaixo, mas os alemães, são os alemães. Reconstruíram-na em seus mínimos detalhes de prédios e cores. Se você não comeu antes, escolha uma desses restaurantes. Na parte de cima da praça, perto da esquina, há um restaurante que tem um garçon que fala espanhol, meio aportuguesado. Foi um achado. Há peixes, carnes e , lógico, as salsichas.

-Jardim Arqueológico (Archäologischer Garten)
Não tive sorte aqui. Escavações de empresas de manutenção descobriram uma sauna romana paralela a praça. Todavia, não consegui vê-la, pois estava passando por restaurações, mas há um pequeno museu que conta essa história e outras bem perto.

Torre da Catedral de São Bartolomeu

Também é outra que foi destruída pelos bombardeios. A Catedral é gótica (alguns a chamam de neo gótica). Classificações à parte, é muito,muito bela. Há horários de visitações, inclusive de subida para fotos. Se não for subir (e que subida, viu!) não perca tanto tempo em seu interior, aproveite para dar uma volta em seu entorno. 

Faça algumas compras nas lojas de roupas e souvenirs. Você vai ver que eletrônicos não é assim tão vantajosos para compras. Fique de olho no relógio. Trem lá não se atrasa, nem o avião. 

Vá para o aeroporto pela mesma estação, ou pela estação Konstablerwache, dependendo de onde você esteja nesse momento. 

Leia: a segunda parte com a chegada a Irlanda

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