Sim, isso existe e atrai cada vez mais turistas.
|
Praia de Utah, Normandia-França, onde os aliados desembarcaram para início do conflito sangrento que culminaria na derrota nazista tempos mais tarde |
Mas não pense numa aventura na Síria, Iraque ou Ucrânia (embora esse tipo de turismo louco também exista). O turismo de guerra não tem a intenção de atrair visitantes para conflitos bélicos, mas sim de levá-los aos palcos de batalhas de outrora, onde cenários importantes das grandes guerras hoje servem de curiosidade e para reflexão dos rumos que o mundo "civilizado" tomou, desde então.
Para alguns pode ser aflitivo passar em locais de batalhas sangrentas ou onde houve grande sofrimento, como é o caso do campo de concentração nazista de Auschwitz. Porém, para outros, caminhar no local de desembarque das tropas aliadas no Dia D ou percorrer antigas casamatas espalhadas pela Europa causa grande emoção e serve até como uma forma de homenagem aos heróis que ali lutaram.
|
Portão de Auschwitz |
|
Câmara de gás aberta a turistas |
Pearl Harbor é outro local sempre mencionado pelos entusiastas das histórias bélicas. Alguns navios afundados no ataque japonês, hoje servem de memória viva em forma de museus espalhados pelos Estados Unidos, a exemplo do USS Missouri e do Memorial Arizona, lá mesmo no Hawai.
|
Forte abandonado do Castelo do Mar, Cabo - PE |
Outros tantos sítios históricos recebem visitantes pelo mundo inteiro, sejam cemitérios, túneis, alojamentos, bases militares desativadas e por aí vai. Contudo, no Brasil esse tipo de turismo é quase relegado. Aqui, não há grande esforço governamental para tornar palcos de batalhas mais conhecidos e procurados. É o caso de teatros importantes como os das Batalhas dos Guararapes, na expulsão dos holandeses, da Guerra dos Canudos, Farroupilha e tantas mais que formam a nossa história. Além disso, faltam museus de verdade para velar a memória dos nossos soldados que lutaram nos conflitos em nome do país.
Já países como a Inglaterra, Alemanha e França fazem questão de tornar locais como esse quase vivos. Na cultura europeia é salutar promover esse tipo de turismo, como parte do esforço para não deixar que acontecimentos traumáticos caiam no esquecimento. Assim, museus militares dedicados a 1ª e 2ª Grandes Guerras, recolhem vasto acervo dos confrontos vividos. E ainda há os castelos que sempre rememoram a função de cada construção e sua participação nos episódios de luta e proteção.
|
Museu da Grande Guerra - Paris |
Na Espanha, a guerra civil dos anos 30 também provoca visitas às fortalezas, prisões e trincheiras. Já o Vietnã explora os túneis que serviram de interligação nas diversas montanhas. Os mais corajosos, desde que não sejam claustrofóbicos, podem até arriscar a descer por alguns.
|
Guia mostrando como os vietnamitas surpreendiam os americanos |
Se de repente bateu a curiosidade e até mesmo a decisão de fazer um passeio em rotas bélicas, basta procurar empresas especializadas nesse tour. Caso decida fazer por conta própria, entre em contato conosco. Estamos desenvolvendo o serviço de planejamento de roteiros e podemos fazer um bem legal pra você.
|
Ilha de Inchcolm, Escócia. Local muito visitado por possuir estruturas das Guerras Napoleônicas, da I e II Guerras mundiais |
Bem, esses locais podem não ter representado momentos de orgulho para o ser humano, mas certamente nos deixam lições. Estar no local e imaginar como viviam,o que sofreram, o que esperançavam, pode causar mudança de pontos de vista, fazer refletir ou, no mínimo, acrescentar conhecimento a nossa cultura.
|
Memorial do USS Arizona. Navio afundado no ataque a Pearl Harbor |
Gostou? Então pode compartilhar. É fácil e de graça. rsrs Basta usar os botões de compartilhamento na final do post. Assim, distribuiremos novidades a essa grande irmandade de viajantes.
Obrigado e até mais.
César William