Irlanda do Norte linda e injustiçada (parte 1)


Pra quem chega agora, essa saga começou em Frankfurt, partiu para a Irlanda e agora vai para a Irlanda do Norte, Belfast. Mas não não se preocupe, você pode começar a acompanhar daqui, contudo seguem os links se você quiser acompanhar do início.


2ª Rota - Clique aí > Irlanda a bela - Parte I

O título que dou ao post de injustiçada é devido ao pouco tempo que todos programam para ela em seus roteiros de viagens, inclusive eu (arrependido até
hoje). Chegando lá, vi que muito tinha ainda para se ver, de norte a sul. Depois mostro pra vocês o que perdi. Por enquanto, vamos ao que vivi.

Para sair de Dublin com destino a Belfast o melhor jeito é ir de trem. Claro que você poderá ir de carro, ônibus ou avião, mas porque não curtir a viagem nos velozes e confortáveis trens?
Os tickets chegam na sua casa
Na época do planejamento eu fiz pesquisas e decidi comprar pela Railway Europe que já possui site em português. A organização é fantástica, você compra as viagens tal qual compraria a de avião e eles enviam os seus tickets pelos correios. Chique, né não? O preço foi de 48,60 Euros (consulte a conversão no aplicativo na coluna esquerda deste blog).

Os trens são luxuosos. A classe econômica é pra lá de confortável. Contudo, fica a dica para quem vai levar malas a mais,  não tem espaços suficientes, e você fica afastado delas. Na primeira classe há uma mesa a cada 4 lugares. Ali você coloca a mala de mão, note book e ainda tem serviço de bordo. Sem falar que a experiência de viajar de primeira classe no trem é rara, então aproveite. Mas se quiser gastar um pouco menos, tudo bem, a passagem da segunda classe fica em torno de 37 Euros. Apesar de escolher o dia, os tickets valem por um mês.

A viagem nessa belezinha dura 2 horas e 10 minutos


Vagão da 1ª classe


Vilas lá fora
O hotel escolhido em Belfast foi o Ibis da University Street. A parada mais próxima dele é a Botanic Train Station. Ao chegar na estação, o primeiro impacto: O que a Dublin tinha de moderno, Belfast tem de colonial (primeira impressão). Saindo da Estação vê-se uma rua comum, táxis tipo ingleses pretos e amarelos, mercadinhos e comércios similares aos do subúrbio de grandes cidades. O ar cosmopolita ficou pra trás, contudo, prazerosa e com um certo ar de que Harry Potter morava por ali.


O hotel ficava a 4 quadras, mesmo assim não foi sacrificante sair arrastando a mala, embora tenha chegado quase no limite de ter cansaço. O Ibis sai dos padrões de fachada para assumir o padrão das residências vizinhas. Dentro, vê-se que ele foi totalmente adaptado na tentativa de assumir a modernidade dos demais da sua rede.


Fachada do Ibis


Prédios ladeando o Ibis
Como ainda era início da tarde, um lanche reforçado na padaria da esquina reequilibrou as forças e já deixava pronto para o primeiro passeio: Museu do Titanic.

Confesso que, de início, não me atraí muito ir ao museu, mas de tanto ouvir falar, segui para lá, e olha... seria a maior bobeira do mundo não ter ido conhecer. É simplesmente impressionante.

Imponente e chamativo
A fachada do museu já é impactante. Fica isolado, à beira de um pier e isso faz o prédio se tornar imponente e atrativo. Os ingressos para adulto custam em torno de 15 Libras (é, companheiro, aqui a coisa fica mais braba pro bolso), mas há pacotes de 38 Libras para família com 2 adultos e 2 crianças, e ainda ingressos mais baratos para estudantes, idosos, grupos...pode dar uma olhadinha o site http://www.titanicbelfast.com ou comprar lá mesmo.
Ideia do primeiro piso do museu

Roteiros da Star Line naquele tempo. Alguém consegue localizar uma cidade brasileira aí?
O museu é riquíssimo de detalhes e curiosidades. Mostra todos os detalhes desde a concepção do navio, passando pela história de quem morreu ou sobreviveu à catástrofe, e culmina nos dias em que descobriram seus destroços no leito do mar. Inclusive, passa o filme real de quando os robôs submarinos deram de cara com o gigante esfacelado. É emocionante. Painéis de vidro, simulações, fotos autênticas... tudo isso você vê lá.
Cartazes promocionais da companhia White Star Line, dona do Titanic

Sala de projetos. Aí nasceu o Titanic.

Robô submarino que o achou. Há várias peças do navio aí.

Doca de sua construção



A cidade não é muito movimentada. O ir e vir de carros reflete a hora de término de expediente dos residentes. Um bom momento para tentar voltar andando, eu gosto de fazê-lo para conhecer a cidade, mas foi puxado. Domingo é um dia praticamente morto lá. Encontrei um shopping no caminho, o Victoria Square Center, mas fiquei pasmo, quase vazio. Nada de aglomerações nas filas de cinema, mesas dos restaurantes totalmente vazias, pouca movimentação nas lojas, mas ele é lindão. Por fora é majestoso, por dentro um design super moderno.

Interior do Victoria Square Centre

O momento foi de comer algo, fast food e voltar para caminhada até o hotel. A cidade demora a receber a noite, pois os raios de sol perduram muito em setembro. Acreditei que não tinha nada a mais para conhecer naquele dia e fui dormir.
Abóbada do Victoria

Cidade à noite

Passarela de pedestres por baixo da via de veículos.


Breve: 2º dia na Irlanda do Norte


César William



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