Irlanda a bela - Parte III

Continuação da Irlanda a bela - Parte II


Saindo do Trinity College, fui batendo perna para Merrion Square, um jardim enorme (nós chamaríamos de parque) e esplendorosamente bem cuidado. Logo na sua entrada há um monumento, em forma de pirâmide, em homenagem aos soldados irlandeses de todas as guerras. No parque, o verde predomina numa imensa área cercada de árvores com grandes copas. Ao centro um jardim diversificado e chamativo envolve uma área gramada que serve para o encontro de crianças e adolescentes. Os mais antigos procuram os bancos para ler um pouco e conversar com os da velha guarda. 



Em uma das suas esquinas, sentado em uma pedra, está lá o grande escritor Oscar Wilde com cara de "tô nem aí" ou bêbado mesmo. Claro que fui bater um papo com o cara. 



A casa dele fica exatamente a frente da sua estátua, do outro lado da rua. 

Saindo de lá, é hora de passear pela cidade e ir contemplando as arquiteturas conflitantes. 

As fachadas das casas possuem a seriedade do estilo inglês, já os prédios residenciais e comerciais construídos mais recentemente, trazem a inovação nos seus traços modernos. O passeio margeando o rio é muito agradável. Nessa cidade encantadora tudo parece muito perfeitinho, desde a fluidez do trânsito à limpeza das calçadas. O pôr do sol ali no Rio Liffey merecia uma salva de palmas. 




Já cansado, não esperando muita coisa e perto das 21h, tive uma agradável surpresa ao me deparar com um Oktoberfest. "Mas como assim, Bial, Oktoberfest em setembro?".  E eu quero lá saber! Eu quis foi entrar nela, e assim fiz o que irlandês adora fazer: festejar com uma boa cerveja na mão! rs





Depois de tomar e comer um bocado, fim do dia. O jeito é voltar para o hotel.


4º Dia - Castelo de Dublin e Cervejaria Guiness

Só pra lembrar o roteiro:


18/09 - Frankfurt
19 a 23 - Dublin
23 a 25 - Belfast
25 a 01/10 - Edimburgo
01/10 - Dublin 
02/10 - Recife


Pois bem, ainda se locomovendo de ônibus, o destino foi o Dublin Castle (ônibus que passam por lá: 50, 50A, 56A, 77, 77A, 77B). A entrada é paga e custa 4,5 Euros e 2 Euros para crianças. Em si, o castelo é antigo. Construído no século XIII, foi quase sempre propriedade da Grã-Bretanha passando, por conta da independência, ao domínio irlandês. Hoje, parece, que serve para cerimônias de Estado, etc.



Apesar de eu ser fascinado por castelos, não era esse ainda o que eu procurava. Ele é bonito, sim, mas sofreu tantas transformações que chegou a descaracterizá-lo. Entre incêndios, demolições de alas e construções modernas, sobraram paredes, área internas reformuladas e catedral e museu com traços antigos. Lá dentro, enormes salas com decoração típica de reis, retratos das rainhas e reis da Grã-Bretanha e a sala de trono dedicada o Rei Willhelm.



Sempre há guias em línguas diversas, mas como não era o que eu esperava ainda, deixei pra lá e segui por conta própria. Lógico que devo ter perdido alguma parte importante dos aspectos do prédio, mas por vez ou outra escutava o que os guias de grupos estavam falando.
O melhor é um pequena incursão ao subsolo do palácio que fica fora do pátio. Caminhos mostram, desde a torre de pólvora, corredores usados na defesa do castelo que dizem, na verdade, que serviu mais como um forte do que um castelo mesmo.



Horários de visitação: 
Segunda-feira a sábado: 10h às 16h45
Domingo e feriados: 12h às 16h45
Dias sem visitação: 24 a 28 de dezembro; 31 de dezembro e 1 de janeiro.

Na saída, vale um passeio pelo arredor seguindo em
direção a Fábrica da cerveja Guiness. Você passará pela Christ Church Cathedral, que me pareceu mais um point de encontro dos irlandeses, do que palco de orações em si. Não estava aberta (e eu não iria. Entrar em igreja lá geralmente é pago e caro), mas do lado de fora haviam pequenos quiosques servindo lanches, o que mostra que o movimento é constante.

Seguindo caminho cheguei à catedral universal da alegria: a fábrica de cerveja Guiness. Caramba!!! É um museu inteiramente interativo. Você entra e passa o tempo que quiser lá dentro. Lógico que há um caminho a ser seguido, com os passos explicados por um mapa adquirido na bilheteria. Aconselho, se tiver uma graninha extra, a pegar um áudio-fone, é bem melhor para entender tudo lá dentro. Olha... é um outro mundo lá dentro. Museu assim eu só vi o do Titanic em Belfast (falarei mais adiante), mas esse é bem mais saboroso, né?

O tour explica tudo, desde quando foi inventada, passando pelo processo de seleção de ingredientes até o envasamento. Visão, olfato, paladar e tato, tudo é explorado nesse incrível passeio que culmina no topo do edifício, no bar da cervejaria que possui visão panorâmica da cidade.

Continua no próximo capítulo.














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