Irlanda a bela - Parte II


Vamos continuar a falar sobre a Irlanda, prosseguindo o que começamos a falar em Irlanda a bela - Parte I 

Continuando (2º dia) - Pois bem, torcemos para que na sua viagem este dia esteja com temperaturas amenas, eu dei sorte, pude caminhar com uma t-shirt sem sentir frio. Ao contrário do Brasil a umidade não é alta em tempos de frio, e isso o faz sêco e não é muito agressivo se por volta dos 15º a 18º.

O Farol Baily é aquilo branco na península à esquerda central.
Ainda na caminhada, a esquerda, você localiza o Farol Baily. Caso você seja destemido, pode tentar chegar lá, mas aviso, tem que escalar. É... tem umas paredes que exigem uma boa dose de coragem pra descer. Ele nem é tão bonito, mas a paisagem, dizem, é fantástica de lá. Como vocês perceberam, eu não fui. Não achei que valeria a pena e segui a caminhada. Finalmente, depois de cruzar com algumas pessoas no trajeto, chega-se ao topo do morro. Aí tem um restaurantezinho, em um clube, acho. Aproveitei para sentar numa amurada e conversar com um senhor morador antigo do local que levava seus dois cachorros pra passear. Aí a história:

As ruas de Howth são sempre assim: Calmas e tranquilas
Ele me contou que a vila era bem isolada e que na época das grandes chuvas e tormentas, aí era que ninguém conseguia chegar lá mesmo. Como era um vila de pescadores, os nativos já estavam acostumados. Com o tempo, o isolamento do local começou a atrair os endinheirados que queriam fazer do local um lugar de refúgio, aí começaram a construir casas espetaculares para seu "veraneio". Depois veio a linha e o terminal do DART (Trens de alta velocidade) e acabou de vez o isolamento do povoado. Mas estão lá os casarões de artistas e celebridades do cinema e da música. 

Outra capela em Howth
Certo, senhor muito simpático, mas aí fez uma pergunta meio ensaboada pra mim: "Por que a estupidez de vir por ali?" - Eu pensei, cadê o velhinho simpático que estava aqui. me chamou de estúpido. E le continuou - "Você deveria ter começado por aqui e terminado lá na baía. Agora vai ter que esperar um tempão pelo ônibus ou vai ter que andar muito". Dito isso eu vi um ônibus acabar de passar na rua mais acima. Então entendi que o "estupidez" dele, não era ofensivo. Era só pra dizer que eu fui burro mesmo. rsrsrsrs

DICA:
Caso vá fazer a trilha, ao invés de você pegar o trem para Howth, é melhor ir de ônibus. O trem para na parte baixa da vila e isso o fará você subir e ter que descer novamente, logo é melhor você pegar os ônibus de número 31, 31b ou 31c  no centro da cidade, para na parte alta da vila e começar a trilha de lá. Assim ao descer, você praticamente já dá de cara com o trem perto do porto. 

O que é ruim nisso: Você perde a parte de vir andando e ver as maravilhosas casas dos ricôes, todas de muro baixo. Mas isso é pra quem gosta.

Pronto! Vim andando mesmo analisando e tendo inveja branca daquelas casas fantásticas ao longo do caminho.

Já se arrastando, e de volta ao porto de pescadores, fui a um dos seus restaurantes e pedi a famosa Cerveja Guiness. Simplesmente marav... não, não achei. Encorpada, realmente feita de com cevada e não com milho, como no Brasil, mas errei no pedido do tipo e recebi a mais forte que tinha. Pense numa coisa amarga e forte! Bebi foi tudo experimentando o famoso fish and chips. 

Pegando o trem de volta e acaba o dia.

Dia seguinte (3º dia): Passeio pelo Trinity College

Por que ir a uma faculdade a passeio? Na época eu também não sabia, mas recomendaram e eu fui... e não me arrependi.

Olha lá no centro o sino que "dá azar" em dia de prova
E cara, que sorte!!! Cheguei bem no dia da feira de admissão dos calouros. Meu irmão...aquilo tava lotado de estudantes novatos. Eu pudia ver a alegria e sentir o entusiasmo de cada um, eu me senti o próprio. O dia era 20 de Setembro.

No pátio, os veteranos montaram seus estandes para atrair os calouros para os seus clubes. Havia o de ciências, o de esportes radicais, o de remo, o de astronomia e muitos outros. Era um caldeirão só.

Lá dentro, além das instalações bem tradicionais, as obras de arte eram belíssimas. Estátuas homenageando alunos ilustres do passado e outras simbolizando os mais diversos assuntos da nossa história, enfeitavam jardins e entradas de prédios. Um campanário ao centro, com detalhes minunciosamente trabalhados, sustenta um enorme sino de cobre. Alunos evitam passar sob ele em dia de prova. Dizem que reprova.

Na biblioteca principal está o Book of Kells, uma obra prima
datada dos anos 800 DC que tem uma capa extremamente rica em detalhes artísticos. O livro descreve quatro evangelhos e, como não poderia deixar de ser, devido a época, inteiramente feito a mão e em escrita em latim. 

DICA: Para conhecê-lo, basta chegar em um dos estandes montado, por alunos mesmo, e pagar cerca de 10 Euros, e isso ainda dá direito a um tour pelo interior do prédio. Eles explicam tudo, cada prédio e cada personalidade. Vale a pena demais!

Sphere within Sphere
Uma das obras em destaque é a Sphere within Sphere, que pertence a uma coleção de esferas espalhadas pelo mundo. Eu conheci esta e a do Vaticano, mas há outras em New York, Irã, Califórnia e em outros lugares.

Terminado o passeio, hora de visitar meu amigo Oscar Wilde. Mas essa eu vou deixar pra parte III desse esquema.


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